3 de março de 2009

Pra cantar Parabéns pra ele.

Ele não gosta muito do Milton Nascimento, acho. Aliás, nossos gostos são bem distintos, principalmente pra música.
Talvez já tenhamos sido preto e branco, arroz e feijão, mocinho e bandido, sabe? Extremos, mas assim, um do lado do outro, combina pra caramba!

Ele vai à academia e à natação; eu ao Conservatório.
Gosta de revistas; eu de livros.
Prefere vinho seco; eu prefiro o suave.

Ele acha ridículo alguém correr pra pegar um ônibus; se eu não correr acabo ficando pra trás.
Ele não gosta de karaokê; eu canto todas.
Odeia rodinhas de violão; eu continuo cantando todas!

Ele gosta do Limão Classic com o suco azedinho de limão no fim da taça, pra contrastar com o leite condensado ao chegar na boca; eu peço pra bater tudo junto.

Ele procurava o sapato impecável pra usar com o smoking na formatura; eu criava coragem pra ir de tênis tipo All Star.

Ele se sente com cara de doente quando sua pouca barba contorna seu sorriso; posso ficar um mês barbudo me sentindo o cara conceitualmente despojado.

Ele dorme com três travesseiros, celular, relógio e a garrafinha de água organizados ao seu lado; durmo com a luz acesa, torto no travesseiro e com o livro caído com as páginas amassadas ao meu lado.

Não sei se sou o mais carente ou se ele é que disfarça melhor.
Não sei quem se detestou mais ao primeiro contato visual, mas o primeiro a tentar uma conversa fui eu, mesmo que o início tenha sido de mau gosto.
Mas o que importa é que começou. E se imaginasse um décimo sequer de tudo o que eu viveria depois daquele “Oi, garoto propaganda Disritmia!”, teria sido mais gentil ao menos pra amenizar a primeira impressão, que não foi a que ficou.

Tudo o que eu disser, por mais criativo que seja, não vai ser novidade. Pra ele não.
Então é melhor parar de tentar e já dizer logo, mais uma vez:

Maninho!
Obrigado pelo presente que é sua família, por dançar Sarah Jane pra me fazer rir, por desculpar quando durmo e te deixo falando sozinho ou fico rindo durante o sono atrapalhando você dormir. Amo você!

E já que comecei com Milton, vou terminar com ele:

"Que bom, amigo!
Poder saber outra vez que estás comigo
Dizer com certeza outra vez a palavra amigo
Se bem que isso nunca deixou de ser...
Que bom, amigo!
Poder dizer o teu nome a toda hora, a toda gente
Sentir que tu sabes que estou pro que der contigo
Se bem que isso nunca deixou de ser.

Que bom, amigo!
Saber que na minha porta, a qualquer hora
Uma daquelas pessoas que a gente espera que chega trazendo a vida
Será você, sem preocupação..."

(Que bom amigo - Milton Nascimento)

4 comentários:

Rosana Tibúrcio disse...

Beijos pro Dé que é um lindooooo.
E pro meu filhote que um lindoooo [2]

Laura Reis disse...

que lindo.

Laura Reis disse...

gosto de metade-metade de vocês dois.
pode?

haha

Anônimo disse...

Poxa vida! Só hoje que vi seu post!
Como assim não me mandou o endereço antes! Chatiiiinho!

Amo muito vc, um amor tão grande que só sinto qdo vejo o sorriso da minha mãe e tenho um abraço seu!

Bjo pestinha da minha vida!